segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Culombu Rosé: Denominação Controlada Córsega

A Córsega também tem vinho.  Nenhuma surpresa até aí.  Interessante é saber que em apenas 8,6 km² tem regiões delimitadas e denominações controladas, muitas.  De fato, não deveria ser uma surpresa já que a ilha sofre influências tanto da França quanto da Itália, países que têm uma queda por criar denominações.

Quando os franceses perderam a Argélia nos anos 60, logo trataram de ocupar a ilha e quadruplicaram sua área plantada com vinhedos de grande rendimento.  Atualmente, graças a investimentos franceses e belgas, a produção se modernizou (e isso não significa uso de barricas de carvalho nesse caso).  Ainda assim, a maioria do vinho produzido na ilha é lá mesmo consumido.  O mais exportado é o básico Vin de Corse.

Entre suas uvas autóctones, está a Nielluccio, também chamada de Sangiovese na vizinha Toscana, ocupa mais de 1/3 dos vinhedos e está principalmente na denominação Patrimonio, ao norte da ilha.  Dizem que os melhores e mais longevos vinhos da Córsega vêm dessa denominação, incluindo tintos ao estilo do Rhône e o doce Muscat.

A uva Sciaccarello está em 15% dos vinhedos, principalmente na costa oeste, e produz tintos macios e especiados e rosés vivos e alcóolicos.  Nessa região, está a denominação Calvi, onde está localizado o Clos Culombu, propriedade de Etienne Suzzoni, quem faz este rosé.

Porém, este rosé não é de Calvi.  Para quê facilitar, não é mesmo?  É da denominação genérica Corse, sem outros sufixos geográficos para lhe dar glamour.  É uma região da costa leste e seus vinhos não apresentam nada de especial.  Misturados com algumas variedades internacionais, têm trazido sucesso comercial para algumas das melhores cooperativas corsas.

Fonte: World Atlas of Wine


Domaine Culombu Rosé 2012
30% Niellucio, 20% Sciaccarello, 20% Syrah, 10% Grenache, 10% Cinsault (sim, eu sei, está faltando 10%, mas essa é a informação do produtor!). 12,5% de álcool. Esperava algo diferente, é bom, mas não surpreende.  A cor é linda, salmão, é muito seco e fresco.  Primeiro vem os aromas de morango, depois vêm as flores, tudo se repete em boca, sendo arrematado por um frescor cítrico.  Poderia ser um nível mais fresco.  Poderia trazer um toque corsa, que não tenho idéia do que poderia ser, mas certamente seria um diferencial.  É fácil de beber e acompanhou bem um risoto de frango e azeitonas.





Menos de £9 em Londres, 12 euros em Paris.

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