sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Don Pascual Tannat/Merlot 2010

Ontem mencionei um “corte de Tannat e Merlot Don Pascual”.  Pois bem, vamos falar desse vinho.

A linha Don Pascual, a mais básica da Família Deicas, foi lançada em 1996 em homenagem a Don Pascual Harriague, quem introduziu a Tannat no Uruguai.  A linha se tornou líder no Mercado uruguaio em apenas 5 anos e ainda mantém o posto (no supermercado só dá ele!), além de ser o vinho uruguaio mais vendido no mundo. 


Sobre o vinho:
Vinho: Don Pascual Tannat/Merlot
Produtor: Familia Deicas
Região: Juanicó
Safra: 2010
Álcool: 12%
Método de produção: uvas selecionadas manualmente, maceradas separadamente e fermentadas em tanques de aço inox.

Notas do produtor:
Cor púrpura, brilhante, com aromas de frutas vermelhas, framboesas, amoras e cerejas.  No palato, elegante e macio, com taninos aveludados.
Sugestão de harmonização: carnes vermelhas, embutidos e queijos.

Meus comentários:
Aromas de frutas vermelhas, nuances de madeira. Acidez ressaltada, taninos suaves, corpo médio, final pouco persistente. Não sei dizer se estava jovem, se estaria melhor se eu esperasse mais um ano.  Ainda não consigo avaliar essas características com propriedade.  Sei que é bem mais ou menos, mas pelos R$ 15,00 que custa no supermercado aqui e os R$ 23,00 no Brasil, está de bom tamanho. Um vinho para o dia a dia.




quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Vinho de Supermercado

Tenho uma estranha mania de passear por supermercados nas cidades que visito.  Especialmente se é em um país com tradição vinícola.  Adoro descobrir os hábitos alimentares do lugar e sempre saio com algumas garrafas de vinho.

Assim, desenvolvi outra mania estranha: carregar plásticos bolha em todas as minhas viagens. Até que eu crie coragem e decida comprar minha mala winefit, acho que ainda vou viajar com muitos pedaços de plástico na mala.  Até hoje todas as garrafas sobreviveram a escalas, conexões, esteiras e "delicadeza" dos funcionários de aeroportos.

Hoje não foi diferente, fui ao supermercado Disco aqui em Montevidéu e, entre garrafas de vinhos argentinos, chilenos e, claro, uruguaios, descobri a coisa mais divertida: um sommelier virtual! É um programa de busca dos vinhos disponíveis para venda.  Me lembrou alguns dos meus aplicativos do IPhone (futuramente merecerão um post).  Olhem isso:

Tudo touch, claro. Vc escolhe por prato, tipo de uva, vinícola, marca ou especiais.  As opções então aparecem em ordem alfabética até chegar ao vinho disponível, com preço.

Clicando sobre o vinho, aparece sua descrição, a qual você pode imprimir e levar para casa.  Será bom saber quais são os aromas que o vinho deveria ter caso você não consiga descobrir sozinho!


Fiquei lá por muitos minutos navegando pela adega do supermercado até perceber que estava atrapalhando o trânsito dos outros consumidores...

Eis minhas compras:
  • Algumas caixas de alfajores uruguaios
  • Don Pascual Roble Chardonnay Viognier 2010 - cerca de R$ 20,00 (não descobri os preços no Brasil)
  • Pisano RPF Tannat 2007 - cerca de R$ 32,00 (parece que no Brasil está por volta de R$ 50,00)
  • Preludio 2005 (Juanicó) - cerca de R$ 84,00 (R$ 140,00 na wine.com o 2004, yes!)

P.S: Coincidência ou não, enquanto escrevo, está sendo transmitido o jogo Godoy Cruz x Universitários do Peru.  Para quem não sabe, Godoy Cruz é o time da cidade de Mendoza.  O vinho me persegue!! ;)

Uruguai, a terra da Tannat

Estou em Montevidéu a trabalho e, claro, bastou pousar em Carrasco que já pensei em um post sobre os vinhos uruguaios!

Com minha tacinha de um corte de Tannat e Merlot Don Pascual (Juanicó), percebo que a história da produção de vinho no Uruguai é bem parecida com a história brasileira.  Iniciada na primeira metade do século 16, teve seu desenvolvimento atrasado por diversos conflitos internos e, apenas por volta de 1870, com chegada dos espanhóis, a vinicultura começou a se tornar mais importante.

Foram os bascos e catalães que trouxeram a Tannat e, como aconteceu com a Malbec na Argentina, a Tannat encontrou um ambiente favorável no Uruguai e se tornou a uva símbolo do país. Aqui, a Tannat produz vinhos mais equilibrados e macios, que podem ser bebidos com apenas um ou dois anos de idade, ao contrário do que acontece no sudoeste francês, berço da cepa (lá conhecida como Madiran).

A Tannat, como o próprio nome sugere, é bastante tânica e geralmente é cortada com Merlot no Uruguai para maior equilíbrio.  No Uruguai, como na Serra Gaúcha, há grandes diferenças entre safras, mas as mais recentes têm, quase todas, conseguido alta qualidade (viva o aquecimento global??).

A produção no Uruguai é de 112 milhões de litros/ano dividida por 9 mil hectares.  A maioria dos produtores (cerca de 300) possuem pequenas propriedades, com menos de 5 hectares.  O consumo interno é de 24,7 litros anuais por pessoa, restando apenas cerca de 3 milhões de litros para exportação. Grande parte vai para o Brasil.  Apenas para comparação, o consumo no Brasil ainda é de 1,8 litros por pessoa (dados de 2004, que parecem não ter se alterado muito), o que me convence, cada vez mais, que realmente estou bebendo a parcela de outras pessoas!

Com relação a qualidade, ainda não há muitas normas para a produção do vinho uruguaio. Não há denominações regionais e a indicação de Reserva e Gran Reserva segue os padrões do produtor.  Como no Brasil, o século XX ficou marcado pelo predomínio das cepas americanas e, apenas nos anos 90, iniciou-se um processo para melhoria de qualidade dos vinhos uruguaios. Os vinhedos foram substituídos por vitis viníferas e técnicas modernas de vinificação foram introduzidas.

Para domar os potentes taninos da Tannat, utiliza-se a técnica da microoxigenação:  pequenas quantidades de oxigênio são introduzidas no vinho durante sua fermentação para torná-lo menos agressivo ao paladar, preservando sua potência e aromas.

Além das castas tradicionais, destacam-se também Viognier, Trebbiano, Torrontés e algum Pinot Noir.

Os uruguaios têm se esforçado para conseguirem o sucesso dos argentinos e chilenos, apesar da produção reduzida.  Alguns produtores têm se dedicado a incrementar a qualidade, visando as exportações, e têm se destacado.  Vale mencionar os tradicionais Marichal, Pizzorno, De Lucca, Castillo Viejo, Pisano (com vinhos elegantes) e Juanicó (com seu top Preludio e uma joint venture com Bernard Magrez do Chateau Pape Clément de Bordeaux para a produção do Gran Casa Magrez), além do novato Bouza e outros.

Se o trabalho permitir e conseguir visitar uma vinícola, conto pra vocês!

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Espumante, uma paixão nacional

Sábado foi dia de Rock in Rio e decidimos fazer uma "área vip premium" em casa (valeu, Multishow!) com a presença de alguns amigos ilustres.  Como toda área vip que se preze, havia diversas opções de bebida. Eu fiquei com o espumante.  Que me perdoem os vinhos, mas, com eles, eu não duraria até o Snow Patrol, acho que nem teria resistido ao Capital Inicial.  Além disso, o que mais conseguiria harmonizar com a diversidade de iguarias e acepipes servidos (de queijos variados a Doritos, passando por pães, patês, frutas secas, castanhas e embutidos)?

A opção da noite foi o Salton, bom custo/benefício para as mais de 6 horas de show.  Particularmente, sempre rendo minhas homenagens ao Valduga 130 (esperando, torcendo e rezando por uma oportunidade exclusiva de degustar o mais novo lançamento da Casa, o Maria Valduga) e os excelentes Cave Geisse (em Brasília, vendidos na Portofino)

Nas palavras de Hugh Johnson, o Brasil tem feito "some decent sparkles".

Degustação na Cave Geisse em Pinto Bandeira
Sr. Juarez Valduga sabreando durante a última vindimia de 2011
Espumantes em fermentação na Casa Valduga
Minha paixão por espumantes foi despertada pelo livro "Champanhe", de Don & Petie Kladstrup, mesmos autores do conhecido "Vinho & Guerra".  O livro é uma história fascinante de superações, resistência e coragem, além de ser recheado de heroínas (Madame Clicquot e Madame Pommery como alguns exemplos) que conseguiram transformar suas maisons no que são hoje e elevar constantemente o status da bebida, a mais sofisticada e rainha das celebrações.

O champanhe, contudo, não precisa se restringir a seu caráter festivo.  Concordo com Lily Bolinger para quem sempre há motivos para se abrir uma garrafa (veja sua frase célebre em meu post aqui).  Afinal, o champanhe ou o espumante é a única bebida que vai bem desde o café da manhã até a madrugada!
Pommery, em Reims
Destaco ainda a frase proferida por Dom Pérignon ao provar champanhe pela primeira vez: "Estou bebendo estrelas!".  Segundo o livro, nada disso é verdade, mas, para mim, faz sentido.  A bebida tem o brilho do sol e todas aquelas bolhas pequenas, incansáveis e duradouras me lembram mesmo uma constelação.

Do livro, vale a pena contar a história do nome Moët.  Claude Moët, que decidiu se dedicar exclusivamente à produção de champanhe em uma época em que de 20% a 90% das garrafas estouravam anualmente, herdou sua determinação de seu ancestral holandês chamado LeClerc.  Le Clerc lutou ao lado de Joana d'Arc em 1429 e ajudou a manter os ingleses afastados para que Carlos VII pudesse ser coroado na catedral de Reims.  À frente do exército, LeClerc gritava: "Het moet zoo zijn" ("Tem que ser assim") enquanto a Virgem de Orléans conduzia Carlos até a igreja.  LeClerc foi ricamente recompensado pelo rei, que o deu um novo nome: Moët, em homenagem à sua determinação.

Claude, em pouco tempo, se tornou um dos poucos comerciantes de vinho reconhecidos pela corte real. Em 1750, apesar das garrafas quebradas, ele produzia 50 mil garrafas de champanhe por ano em uma região que nunca havia produzido mais de 300 mil. Por fim, sua bebida caiu nas graças de ninguém menos que Madame Pompadour que, achando que o "champanhe é o único vinho que deixa uma mulher bela depois de o beber", garantiu que a bebida fosse servida em todas as ocasiões importantes na corte de Luís XV.
Cave da Moët & Chandon em Epernay

domingo, 25 de setembro de 2011

sábado, 24 de setembro de 2011

Chateauneuf-du-Pape

Após o vinho de quarta, resolvi fazer uma breve pesquisa sobre os vinhos daquela AOC.  Eis todas as coisas interessantes que descobri:

Sobre a AOC:

Em 1829, cerca de 2000 hectolitros de Châteauneuf-du-Pape eram vendidos para fora da região e já contavam com uma sólida reputação.  Para garantir a qualidade de seus vinhos, os vinicultores criaram, em 1894, o primeiro "Syndicat viticole" encarregado de garantir, por meio de um selo do sindicato, a origem dos vinhos daquele território.

Em 1911, o conselho municipal instaurou uma comissão de 34 viticultores para iniciarem a classificação dos vinhos e resguardar a autenticidade de seus vinhedos. Em 1923, foi criado o Sindicato dos proprietários viticultores de Châteauneuf-du-Pape com o objetivo de se conseguir o reconhecimento da denominação de origem Châteauneuf-du-Pape. O responsável pela empreitada foi o jurista e produtor, Barão Le Roy de Boiseaumarié, que condicionou o projeto a que os produtores da região prezassem pela honestidade e disciplina.

Em 21 de novembro de 1933, foi estabelecida a delimitação e as condições de produção.  Apesar de algumas pequenas modificações em 1936 e 1966, essas regras estão ainda em vigor. Entre elas, destaca-se o fato de ser a denominação que determina como valor mínimo de álcool 12,5%, o maior de todos os demais vinhos franceses.  Na prática, geralmente atingem 14%.

Antes de Robert Parker ter começado a promovê-los nos Estados Unidos, os vinhos de Chateauneuf eram considerados rústicos e eram muito pouco consumidos. No entanto, o seu crescente consumo fez com que os preços quadruplicassem na última década. A produção atual é de 100.000 hectolitros de vinho, dos quais 95% são tintos e altamente variáveis em termos de qualidade.

As uvas:

Por volta de 1830, cultivava-se apenas “uma interessante planta conhecida como Cirac”. Em razão do desejo de se melhorar seus vinhos e aumentar a qualidade, os produtores experimentaram diversas novas cepas. Quando a filoxera atingiu a região em 1866, mais de 13 variedades diferentes já haviam sido registradas. A atual diversificação é, portanto, resultado do trabalho de várias gerações de produtores que selecionavam as vinhas com maior probabilidade de melhorar a qualidade de seus vinhos.

No final do século passado, Joseph Ducos selecionou cuidadosamente dez cepas em sua propriedade e identificou que as características e sabores dos vinhos eram bastante variados:

  • Grenache e Cinsault para doçura, calor e maciez.

  • Mourvèdre, Syrah, Muscardin e Camarèse para robustez, envelhecimento, cor e acidez.

  • Counoise e Picpoul para vinosidade, frescor, agradabilidade e um bouquet especial.

  • Clairette e Bourboulenc para fineza, álcool e brilho.
Atualmente, Grenache é a referência, geralmente mesclada com Syrah e Mourvedre, mais um tanto de Cinsault, Counoise e pequenas quantidades de Clairette, Bourboulenc, Picpoul, Roussanne, Terret Noir, Picardan e Vaccarese.

Sobre o brasão:

Criado em 1937 por iniciativa do Sindicato dos Proprietários Viticultores de Chateauneuf-du-Pape, a garrafa com o brasão é o símbolo da AOC e fonte de orgulho para suas vinícolas.

Na época, sentiu-se a necessidade de se diferenciar os vinhos dos proprietários de Châteauneuf-du-Pape do resto da produção comercializada.  Assim, além de indicar que os produtos respondem às normas de produção da AOC, também garante que o vinho tem a qualidade dos produtores selecionados.

Esses produtores devem ser membros da Federação dos Sindicatos de Produtores, com quem mantêm um contrato de licença de utilização da marca.
O brasão é uma representação estilizada de uma coroa papal protegida pelas chaves de São Pedro, envolto pela inscrição "Châteauneuf-du-Pape Contrôlé" em letras góticas. Trata-se de uma marca registrada e protegida internacionalmente.

A Federação dos Sindicatos de Produtores de Chateauneuf-du-Pape é responsável por garantir o respeito às regras de uso da marca, sua proteção e promoção.  A garrafa com o brasão está disponível em 750ml, magnum (1,5l) e, desde 2003, jéroboam (3l).

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Domaine de Valori

Quarta-feira foi dia de Chateaunef-du-Pape.  Nosso amigo Beto veio nos visitar para nos dar dicas preciosas para nossa viagem à França em novembro e trouxe uma garrafa do Domaine de Valori Châteauneuf-du-Pape 2009.  

A propriedade de Valori está localizada na área de Courthezon, no centro da AOC Châteauneuf du Pape e é a menor em tamanho (8,5 hectares) de todas as propriedades de Christian Meffre, uma tradicional família de produtores do sul do Rhône. Dizem que, apesar do tamanho (ou seria por causa disso?) é um dos melhores vinhedos da denominação, com produção de 40.000 garrafas.

Gabriel Meffre, o patriarca, nasceu em uma família de vinicultores, mas ninguém imaginava que chegaria a se tornar um dos maiores proprietários de vinhedos em regiões AOC na França (900 hectares).

Morto em 1987, seu império foi dividido entre seus herdeiros.  Sua filha, Sylvette Brechet (nome de casada), se tornou proprietária do Chateau de Vaudieu em Chateauneuf-du-Pape e seu filho, Christian, herdou, além do Domaine de Valori, o Chateau Raspail, Chateau de Ruth e Chateau Saint Jean.  Todas estão nas AOCs Côtes du Rhône, Côtes du Rhône Villages e Châteauneuf du Pape.

Sobre o vinho:

Produtor: Domaine de Valori (Gabriel Meffre)

Região: Rhône Sul

AOC: Chateauneuf-du-Pape

Safra: 2009
Guarda: 8 anos



Após 18 meses de maturação, parte feita em piletas de concreto e o restante em barricas de carvalho francês, os vinhos são levemente filtrados antes de engarrafados e depois descansam alguns meses antes de saírem para o mercado.



Notas do produtor:
Bouquet complexo de frutas escuras e especiarias. Na boca é redondo, bem estruturado, equilibrado e com final persistente e apimentado.
Sugestão de harmonização: filés, pato, coelho, coq au vin, caças em geral. Bela associação com queijos bem maduros.



Meus comentários:

Cor vermelha rubi, aromas de frutas vermelhas e pimenta, equilibrado e macio.  Ainda muito jovem, poderíamos ter esperado mais alguns anos para abrir a garrafa.  Mas quem consegue esperar tanto tempo?? rsrs


Segundo Robert Parker, um bom momento para se beber os vinhos desta AOC é de 5 a 6 anos após a colheita, “depois parecem entrar na adolescência, aí ficam em um estado de hibernação para emergirem por volta dos 10-12 anos, quando ficam plenamente maduros”.  A maioria resiste por 15-20 anos e os melhores (mais raros) por até mais de 25 anos.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

O Renascimento da Sicília

No último domingo, provei um Nero d’Avola siciliano.  Até então, daquela região da Itália, conhecia apenas o famoso Corvo, do produtor Duca di Salaparuta.  Não porque o provei, mas porque, no filme “Idas e Vindas do Amor” (Valentine’s Day, 2010), o vinho assume o papel protagonista em algumas cenas (pelo menos aos meus olhos!). 

A Sicília, após um longo período de estagnação e produção exagerada, passou a investir em qualidade no lugar de quantidade e conseguiu ir além do seu fortificado Marsala, se tornando uma das regiões vinícolas mais expoentes da Itália.  A Nero D’Avola é a mais importante uva típica da região e é uma ótima opção para quem gosta de variar os estilos de uva e vinho.

Sobre o vinho:
Vinho: Nero D’Avola IGT*
Produtor: Feudo Maccari
Região: Val di Noto, Sicília
Safra: 2009
Importadora: Grand Cru
Valor: RS 59,00

Notas do importador:
Cor vermelha Rubi, no nariz sensações repletas de frutas, imediata e intrigante, acompanhado de uma boa estrutura, é agradável e saboroso, um gole leva a outro.
Sugestão de harmonização do importador:
Pratos da culinária brasileira com tutu ou tropeiro e virado a paulista

Meus comentários:
Aromas intensos de frutas vermelhas, bom corpo, macio e realmente saboroso. Ótimo custo/benefício.
Harmonizamos com um caprichado spaghetti al pomodoro e basilico preparado pelo maridão.  Delícia!!

* Em 1992, uma nova lei foi promulgada na Itália para reestruturar o sistema de classificação de vinhos e foi então criada uma nova categoria, a IGT (Indicazione Geografica Tipica), a qual pode utilizar o nome geográfico e o do varietal.  Em tese, não deveria ter o mesmo status de um DOCG ou um DOC, mas na realidade não é o que acontece. Ou seja, na Sicília (e na Itália de forma geral), para se beber um bom vinho, é muito importante conhecer o produtor.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Vinho Tinto, da Colorama

Blog escrito por mulher é assim mesmo, não podem faltar dicas de beleza!

E como se trata do esmalte chamado Vinho Tinto da Colorama, cabe incluí-lo aqui.
Escolhi a cor essa semana em homenagem ao blog e cai bem para uma semana cheia de reuniões pois a cor é clássica e elegante.  E é o mais próximo do vermelho que consigo chegar em minha curta existência no mundo dos esmaltes coloridos.


Exame visual:
Tonalidade vermelho-rubi, reflexos granada, denso, muito brilhante, cor muito boa.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Altos Las Hormigas Malbec

Esse final de semana teve noite argentina!  Fomos jantar no Pobre Juán, restaurante argentino no shopping Iguatemi aqui em Brasília.  Pedi um bife de chorizo com “verduras salteadas” que estava divino.  Para acompanhar, nada melhor que um bom Malbec argentino.  Pessoalmente, sempre encontro lugar para um bom Malbec!
O escolhido da noite foi o Altos Las Hormigas Malbec 2009.  Trata-se da principal produção da vinícola e de vinificação bastante simples.  As uvas, de diferentes vinhedos, são vinificadas separadamente em cubas de aço inoxidável a 28ºC.  O amadurecimento dura 3 meses, em vasos de aço inoxidável de 30.000 litros, recheados de tábuas defletoras de carvalho francês e americano, trocadas à cada 2 anos. Ele é vendido após três meses de permanência em garrafa.  Acho que o fato de a safra de 2009 em Mendoza ter sido muito boa ajudou para o vinho não fazer feio.

Sobre o vinho:
Vinho: Malbec
Produtor: Altos Las Hormigas
Região: Mendoza
Safra: 2009
Pontuação: 88 pontos (Wine Enthusiast e International Wine Cellar)

Notas do produtor:
Nariz intenso de frutas vermelhas e negras amassadas, notas de violeta e erva-doce, equilibrado, macio, palato firme e final longo e vibrante.

Meus comentários:
Aromas de frutos vermelhos e notas amadeiradas. Bom corpo, final frutado e boa persistência.
Gostoso de tomar, harmonizou bem com o bife de chorizo e, considerando, que não se trata de um restaurante barato, ótimo custo para equilibrar o valor do prato!!

sábado, 17 de setembro de 2011

Piscine, o drink ideal

 

O clima de Brasília nem sempre colabora com meu projeto intensivo para adquirir litragem.  Hoje, aniversário de uma amiga, 33 graus, 14% de umidade relativa, tive uma deliciosa surpresa: o Piscine.
Criado pela audaciosa Piper-Heidsieck para o verão da Riviera Francesa, o drink consiste em champanhe brut com pequenos cubos de gelo feitos também de champanhe, servido em uma taça grande de vinho tipo Borgonha.
A bebida se popularizou e é bastante comum encontrá-la com espumante rosé, como o que bebi hoje no restaurante Bier Fass.  Extremamente refrescante, harmonizou perfeitamente com minha salada de salmão defumado.  Pena o péssimo atendimento do restaurante...
Enfim, a bebida fez tanto sucesso que a Moët & Chandon lançou para o verão europeu desse ano uma edição limitada: o Ice Imperial.  Com estrutura um pouco mais rica para manter suas características após a diluição com gelo, traz ainda notas de menta para realçar o frescor da experiência. Deve ser incrível!