terça-feira, 9 de abril de 2013

Harmonização à Francesa: Champagne, Borgonha, Sauternes e Bordeaux

Uma noite especial sempre começa com champanhe, não?  Essa não poderia ser diferente.  Começou assim, lá em Épernay, desceu para a Borgonha, virou à esquerda para Sauternes e Bordeaux.  Terminou mais descontraído, com um pulo no Piemonte.

Tudo em busca da harmonização perfeita.

Champagne Franck Bonville Rosé

Delicado, bem frutado e fresco, cheio de morango e framboesa.  Ótimo para limpar a boca antes de começar os trabalhos e boa escolha para entradas. Faltou corpo para escoltar o prato de ostras gratinadas.

À venda na Hedoniste.

Leroy Bourgogne AOC 2000

Acredite se quiser, um Borgonha simples. Não confundir com Domaine Leroy.  Este, Leroy S.A., é engarrafado por negociantes de produtores selecionados pela Mme. Leroy (a do Domaine).  Com mais de 12 anos e ainda amarelo palha, vivo, complexo, com aromas minerais (pedra de isqueiro), florais, frutados, mel e manteiga.  Uma grata surpresa que harmonizou muito bem com o prato de ostras.  A cremosidade das ostras gratinadas pede um branco com um pouco mais de estrutura.

Outras safras à venda na Zahil.

Château Guiraud 2004

Dizem que a safra não foi das melhores.  Realmente o 2005 me impressionou mais, na minha modesta opinião.  Ainda assim, delicioso.  Denso, profundo, cremoso, cheio de damasco seco e caramelo queimado, sensações que se equilibram com uma acidez refrescante e persistem por uma eternidade.

Desnecessário dizer como se saiu com foie gras com flor de sal e geléia de figo.  Testei também com roquefort e gorgonzola.  E não, não é a mesma coisa, com o roquefort é quase uma experiência religiosa.  Com o gorgonzola é uma mera ida à missa.  Ok, uma missa de feriado santo, pelo menos.

Comprado por 45 euros, é importado pela Grand Cru.

Mondot Grand Cru 2006

O segundo vinho do Château Troplong-Mondot.  Escolhido por ser da margem direita, St.-Émillion (menos austero que os vinhos da margem esquerda), para acompanhar um ravioli de cordeiro e menta com molho de tomate da San Felice.  Doce engano, as regras não são sempre tão claras, tudo depende de como o vinho é feito.  E esse, ainda muito tânico, foi bem com o cordeiro, nem tanto com o molho de tomate.

O vinho não está disponível no Brasil.

Saracco Moscato D'Asti 2012


Um italiano para acompanhar o teste das sobremesas.  Do produtor que é referência em Moscato, não poderia esperar menos que um vinho delicioso, aromático, elegante, doce e fresco na medida certa.  Com tartelette de limão ficou divino.  Com tartelette de maçã não deixou a desejar, mas o Sauternes se saiu melhor.  Com cheesecake, nenhum me deixou boquiaberta.  Um late harvest, talvez?

À venda na Grand Cru, por R$ 75,00

Uma noite e tanto! E a minha difícil missão de encontrar a melhor harmonização continua...


Nenhum comentário:

Postar um comentário