Para ser vintage, ou seja, safrado, o vinho tem que seguir toda as regras do IVDP (órgão regulador do vinho do Porto) e ser devidamente autorizado. Geralmente, os produtores só fazem um vintage quando a safra vale a pena, mas só geralmente.
Dizem que a melhor época do Porto Vintage é em sua vida adulta, entre 25 e 30 anos. Entre 30 e 40 anos, o vinho ganha em complexidade e desenvolve aromas de mel, caramelo, marzipan e, quem sabe, chá e charuto. Depois dos 40, só os melhores envelhecem bem. Ganham ainda mais em complexidade, elegância e delicadeza.
Exalando aromas de frutas secas, ainda com boa acidez, apenas a cor âmbar revelava sua idade. Em boca, delicioso, mas com final menos persistente do que eu esperava. Bebido a tempo, não me pareceu que ganharia mais se guardado por mais alguns anos ou mesmo meses.
Isto tudo provavelmente porque 1975 não foi um grande ano e seus vinhos não são tão longevos quanto os de safras mais notáveis. Contudo, foi um ano muito importante: o primeiro em que os vinhos do Porto passaram a ser engarrafados exclusivamente em Portugal, após anos sendo enviados em barris para engarrafamentos nos distribuidores.
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