quinta-feira, 27 de junho de 2013

Harmonizando o sushi: Trimbach Riesling x Amalaya Torrontés

Continuando a série de tentativas de harmonizar o combinado de sushis e sashimis (informo aos navegantes que a série terminará antes que eu chegue aos vinhos tintos, ok?), dessa vez, um comparativo: Riesling x Torrontés.

Amalaya Blanco 2012
Na verdade, ele é 85% Torrontés e 15% Riesling. Argentino de Cafayate e Valle Calchaquí e com 13,6% de álcool.  Aromático, tutti-frutti com flores.  Sensação de "agulhas" na boca, muito refrescante e persistente. E também fácil de beber.




Com a comida japonesa foi assim:
A acidez do sunomono foi demais para o vinho, ou vice-versa, já a gordura do tataki o equilibrou melhor. Sushis e sashimis foram bem, com exceção do sashimi de peixe branco, no caso anchova negra, suculento demais para tanto frescor.  Por outro lado, todo esse frescor atenuou o sal do sushi com ovas e foi o ápice da harmonização.


Se nada te agradou, a Decanter (importadora) dá a dica de harmonizar com cozinha indiana e tailandesa de pescados, salmão assado na brasa, vieiras em molho temperado com gengibre e camarões com vatapá.

Paguei R$ 19,00 na Argentina.  Na Decanter, R$ 44.

Trimbach Riesling 2009
Da Alsácia.  Floral e mineral, bem seco e um frescor tão grande que limpa completamente a boca. 12,5% de álcool. Ainda muito austero. O produtor sugere guarda de cerca de 5 anos.  Jancis Robinson amplia para 2019.



Com o sunomono, acidez com acidez deixou tudo muito duro.
O sashimi de salmão deixou a fruta do vinho se sobressair, mas a boca ficou meio pegajosa.  Assim como o atum. O sashimi de peixe branco  foi mais feliz, assim como o sushi de salmão.

Custou USD 18 nos EUA. Na Zahil, o 2010 está R$ 129,00.  É, senta e chora!

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