sábado, 8 de outubro de 2011

Catena, sempre.

Ontem foi dia de Catena Zapata, mais uma vez.  Mais uma vez na minha vida, não no blog.  Tenho uma tendência a escolher vinhos desse produtor, pode parecer óbvio, mas é garantia de boa qualidade.

Sexta-feira, chegando em casa às 21hs, morrendo de fome, mereço um vinho (é, na Europa, vinho é considerado alimento).  O escolhido foi o Angelica Zapata Cabernet Franc 2004, comprado em Mendoza, por cerca de R$ 70,00, durante nossa visita à vinícola em julho passado.


A história da Catena Zapata começou em 1898 com Nicola Catena, imigrante italiano que plantou seu primeiro vinhedo de Malbec em Mendoza, em 1902. Atualmente, a vinícola é conduzida por Nicolás, seu neto, filho de Domingo Vicente (o D.V. Catena) com ninguém menos que Angélica Zapata, a homenageada da noite.

Os vinhos top da vinícola são o Nicolas Catena Zapata e o Malbec Argentino, mais alguns single vineyards que, claro, ainda não provei...  Há também a joint venture com Rothschild (Lafite) na elegante vinícola Caro e as vinícolas boutique da família: Luca, de sua filha Laura, e Tikal/Tahuan/Alma Negra, de Ernesto, com vinhos também bem reconhecidos.

Catena Zapata, Mendoza
Sala de Degustação para gente importante na Catena Zapata

Sobre o vinho:
Produtor: Catena Zapata
Safra: 2004
Varietal: Cabernet Franc
Álcool: 14%
Vinhedos: La Pirámide e La Consulta
Região: Mendoza
Envelhecimento: 18 meses em barricas, 85% francesas, das quais 50% novas e 15% de carvalho americano, das quais 25% novas.
Guarda: 15 anos



A Cabernet Franc produz vinhos leves e amadurece mais rapidamente, sendo mais resistente a invernos rigorosos.  É geralmente cortada com Merlot em St. Emilion e, no Médoc, como uma garantia caso a Cabernet Sauvignon não atinja seu perfeito amadurecimento.

Notas do Produtor:
Cor vermelha rubi, com reflexos violáceos. Nariz intenso, com aromas de groselha e traços de especiarias e baunilha.  Em boca, frutos vermelhos maduros, com toques de eucalipto e pimenta preta.  Elegante e equilibrado, com final prolongado.

Depois de escolhido o vinho é que vou pensar no que comer, e assim tem funcionado minhas harmonizações:  o prato para o vinho e não o vinho para o prato!  Diante do avançado da hora, da urgência da fome e do vazio da geladeira, optamos por pizza: Portuguesa tradicional e Basílica, da Valentina Pizzaria.

Meus comentários:
Aromas de groselha, baunilha e herbáceos, mas já vi outros mais intensos. Mais surpreendente em boca que no nariz. Vinho redondíssimo, taninos macios, apimentado (tenho medo de como estaria se tivesse conseguido esperar mais alguns anos para abri-lo!).  Para o André, aroma de fumo de baunilha para cachimbo (??).

Sobre a harmonização: deu muito certo com a pizza Portuguesa e o toque especial de azeite de alecrim.  Com a Basílica, achei que os tomatinhos iriam atrapalhar, mas não estavam ácidos e o pesto funcionou bem para equilibrar o conjunto.  Sugestão diferenciada, podem experimentar!

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