segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Vinhos do Final de Semana

Já falei aqui sobre o vinho de sexta.  Hoje então vou falar sobre o vinho de sábado e o vinho de domingo (ok, ok, essa semana vou pegar mais leve!).

Vinho de Sábado:

TRAPICHE GRAN MEDALLA CHARDONNAY 2007
A Trapiche é uma das vinícolas centenárias da região de Mendoza. Foi fundada em 1883 por Tiburcio Benegas, que, vindo de Rosário, adquiriu sua primeira propriedade no departamento de Godoy Cruz, zona El Trapiche.

Benegas pôs ênfase, desde suas origens, na tradição vitivinícola da França, trazendo da Europa novas vides, comprovando sua adaptação e experimentando com diferentes sistemas de fermentação e refrigeração. Passou, assim, a se destacar ao amadurecer vinhos em pequenos barris de carvalho.

No ano de 1972 a empresa passou para as mãos da família Pulenta, instalada em Mendoza desde 1902. A partir de então, à filosofia original somou-se um investimento com a mais moderna tecnologia europeia.

A Trapiche foi, portanto, pioneira na inovação tecnológica e no mercado externo em uma época em que os vinhos argentinos ainda não eram conhecidos internacionalmente.

Em 2002, a vinícola passou para o controle do fundo de investimentos norte-americano Donaldson, Lufkin & Jenrette. E, em 2010, voltou para mãos argentinas. A família de ex-proprietários da cervejaria Quilmes, de certo cansados de não ter mais o que fazer com todo o dinheiro que receberam da Ambev, compraram a Trapiche (e viva a internacionalização!).

Sobre o vinho:
O Gran Medalla é um dos vinhos premium da Trapiche.  Acima dele, para os tintos, ainda existem o Iscay, o Single Vineyard e o Manos.  Para brancos, me parece ser o top de linha.  Provamos durante a visita à vinícola em julho, gostamos e pagamos cerca de R$ 90,00 pela garrafa.  Na Trapiche, a fermentação de todos os vinhos (se me lembro bem) ocorre em tanques de concreto revestidos de pintura époxi e esse Chardonnay depois passa por carvalho.




Notas do produtor:
Cor amarela dourada, com reflexos âmbar, aromas de flor de laranjeira e pêra, notas sutis de mel e avelãs.  Em boca, apresenta todo seu esplendor com sabor de frutas brancas.  Sua acidez equilibrada o transforma em um vinho de agradável e longa persistência.
Harmonização: ampla personalidae para pratos de grande estrutura. Cozinha oriental, pescados, mariscos e pequenas caças.

Meus comentários:
Dourado brilhante, bastante aromático, aromas de pêssego, flores (não conheço a de laranjeira), mel e amêndoas (nem um pouco sutis na minha percepção).  Em boca, muito agradável, equilibrado, untuoso.
Tentamos harmonizar com comida japonesa.  Até que foi bem com os sushis, mas a madeira brigou um pouco com os sashimis e outros pratos.

Vinho de Domingo:

DOMAINES BARONS DE ROTSCHILD (LAFITE) LÉGENDE BORDEAUX ROUGE 2009
O André escolheu esse vinho para nosso almoço domingo no Toujours Bistrot.  Tenho algumas restrições em pedir vinhos franceses em restaurantes porque sempre são muito caros e, aqueles que consigo pagar, não me agradam tanto.  Mas tendo a chancela do Chateau Lafite Rotschild, porque não arriscar?  No restaurante, saiu por R$ 93,00.  Na Vinci, parece estar por volta de R$ 60,00.

Sobre o vinho:
Uvas: Cabernet Sauvignon, Merlot, Cabernet Franc
Envelhecimento: 40% passa 9 meses em barrica de carvalho 
Guarda: 5 a 10 anos 


Notas do produtor:
Sedutor e aromático, dominado por notas de tostado e madeira (baunilha, coco). Em boca, encorpado e estruturado, com taninos firmes e maduros, final longo e apimentado.
Trata-se de um vinho leve, para o dia a dia. Segundo o produtor, a Cabernet Sauvignon garante a elegância e o estilo clássico da maison, conferindo charme e maciez.

Meus comentários:
Cor vermelha rubi, aromas de frutas vermelhas maduras e notas de madeira. Em boca, encorpado, redondo, apimentado.  Boa relação custo/beneficio se comprado nas importadoras.











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