Além de suas belíssimas paisagens e esportes radicais, a Nova Zelândia conta com um conjunto de condições climáticas excepcionalmente adequada para a viticultura. Toda a área das ilhas se encontra entre os paralelos 30 e 50 ao sul e, com adequada escolha da varietal e do terroir, vinhos de grande qualidade são produzidos, em diversos estilos além da Sauvignon Blanc e da Pinot Noir.
Craggy Range |
Já a Wild Rock, dos mesmos proprietários, produz vinhos a partir de vinhedos próprios, arrendados ou contratados nas regiões de Hawke's Bay, Martinborough, Marlborough and Central Otago. Um projeto para "capturar o espírito de liberdade, um tanto selvagem e vivaz do país".
Pela descrição, eu não teria dúvidas de que a Craggy Range teria mais qualidade, mas parece que essa não era a intenção, segundo José Filho, da Decanter, que confirmou minha impressão.
The Infamous Goose Sauvignon Blanc 2010 (Wild Rock) - R$ 103,50
Não vi, não provei, nem ouvi falar. Cheguei um pouco atrasada e algum sedento bebeu minha taça. Não sobrou uma garrafinha sequer para contar história.
Glasnevin Gravels Riesling 2008 (Craggy Range) - R$ 132,25
Amarelo cristalino com reflexos verdeais. Aroma mineral intenso de querosene, algo cítrico. Em boca, mineral e bem adocicado, equilibrado por uma acidez levemente refrescante e final doce e frutado. Bem bom, mas, pelo preço, não compraria.
Kidnappers Chardonnay 2008 (Craggy Range) - R$ 132,25
Acompanhou a entrada de Bolinhos de Bacalhau.
Passou 4 meses em barricas francesas, das quais 10% eram novas e pode ser guardado por até 5 anos.
Aromas não muito intensos de frutas tropicais, notas florais e minerais. Em boca é frutado e fresco, muito equilibrado com bom final. Interessante, mas ainda acho caro.
Cupids Arrow Pinot Noir 2008 (Wild Rock) - 112,70
De Central Ontago, 9 meses em carvalho francês, 30% novo. 5 anos de guarda.
Bem transparente, apresenta aromas herbáceos intenso e de frutas vermelhas. Na boca é redondo, com ótima acidez, frutado, taninos elegantes com médio corpo e final muito agradável. Compraria pelo preço proposto se estivesse me sentindo um pouco mais generosa. Comprei por R$ 45,80.
Gravel Pit Red 2008 (Wild Rock) - R$ 103,50
71% Merlot, 25% Malbec, 4% Cabernet Franc, passou 14 meses em baricas francesas, das quais 30% eram novas.
Com aromas de frutas vermelhas frescas, ervas e notas amadeiradas, encorpado, taninos elegantes e final persistente. Boa acidez e frutado em boca, com prazeroso final. Um vinho bem interessante. Comprei por R$ 37,98.
Block 14 Syrah 2007 (Craggy Range) - R$ 175,00
Acompanhou o prato principal: Bife Ancho de Bonsmara acompanhado de arroz com brócolis e farofa de ovos.
O vinho mudou: agora se chama Gimblett Gravels Vineyard e utiliza parcelas diversas do vinhedo, não mais apenas o Block 14, com o objetivo de se criar um vinho distinto e atraente.
Passou 17 meses em barricas de carvalho francês (42% novas) e recomenda-se até 10 anos de guarda.
Frutas, especiarias, madeira. Bem gostoso, mas achei que o vinho anterior harmonizou um pouco melhor com o prato. Não sei porque não comprei... (tenho algumas companhias com bom papo que insistem em tirar meu foco da degustação!)
Para a sobremesa: Torta de Castanha do Brasil com Sorvete de Creme, sem vinho :(
Considerando o preço do kg de Bonsmara e os preços dos vinhos neozelandeses, não são itens freqüentes no meu cardápio e, por R$ 130,00 por pessoa, tive tudo isso.
Além do mais, havia um desconto de 15% para a compra dos vinhos degustados e a possibilidade de reverter R$ 50,00 do valor por pessoa para essa compra (isso mesmo!!). Ok, ok, os pessimistas dirão que a importadora quer apenas "desovar" seus vinhos. Who cares? Se são bons e não estão estragados, aceito o desconto. Como, bebo e levo feliz umas garrafas para casa, a preços mais acessíveis. Eu acho um ótimo negócio, você não?
pra quem chega atrasado nos eventos a penalidade é essa: ficar sem os primeiros vinhos...
ResponderExcluirJoão Paulo