quarta-feira, 2 de maio de 2012

Quando um vinho bom não está tão bom...

Voltei à Expand com uma amiga há alguns dias atrás e quis beber o mesmo vinho que não me deixaram repetir da última vez: Domaine Ballorin Fixin Les Chenevières 2007.

Grandes expectativas, maiores frustrações.  Não é que o vinho estava ruim??

Ao dar uma olhadinha na rolha, já achei estranho porque ela estava toda tingida.  Como não indicava vazamento e nem sempre a rolha diz alguma coisa, esperei por minha taça.

Estranho, o vinho estava amarronzado.  Hmmm, não estava assim na última vez.  No nariz, estranho, cheiro ruim, meio animal.  Definitivamente não estava assim na última vez.  Em boca, acidez, muita acidez. Sim, havia algo errado.

Reclamar de vinho ainda é algo que não me dá muita segurança, mas dessa vez eu conhecia o vinho.  Mesmo rótulo, mesma safra, há apenas um mês atrás.  Então me enchi de coragem e humildemente pedi ao garçom que verificasse com o sommelier se não havia algo de errado com a bebida.

A primeira resposta: "Pinot noir é assim mesmo".  Pensei em fingir que não tinha escutado, mas resolvi, de novo, explicar que conhecia o vinho.  "É, tem que pedir vinho encorpado.  Ninguém gosta muito desse vnho."  Resolvi não responder e esperar pelo veredicto final. 

Cercada por 3 garçons e um sommelier que analisavam, degustavam e discutiam o vinho como médicos diante de um exame indecifrável, percebi que ninguém acreditava muito que o vinho estava ruim e comentavam quantos problemas tinham com aquele rótulo. Comecei a duvidar da minha impressão e não pude evitar certo constrangimento...

"Gentilmente" levaram a garrafa e escolhi outro vinho.  Identificar defeitos no vinho pode ser uma tarefa difícil até para experts, para amadores se torna quase uma missão impossível. Ainda mais complicada se estiver em um restaurante. Mas acho que a experiência traz segurança.  Há um tempo atrás provei um vinho oxidado, mas como não o conhecia, não reclamei.  Vivendo e aprendendo.

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