quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Angheben, sempre.

Aproveitando a viagem a Caxias, não podíamos deixar de passar na Angheben.  Não sei se é "só" pela qualidade dos vinhos, mas temos um apreço especial pela vinícola.  Além de sermos sempre muito bem recebidos pelo enólogo Eduardo, a história e a experiência do fundador, seu pai Idalêncio, conquistam todo nosso respeito e admiração.  E é isso que importa: vinho não é rótulo, ou pontos, ou características organo alguma coisa, vinho é história, vida, dedicação, paixão.  Com isso em mente, fomos lá mais uma vez para uma degustação e umas comprinhas. 


A primeira notícia foi de que, infelizmente, o Gewürtz não estava disponível.  Já havia passado por essa frustração na degustação de vinhos para o verão da ABS Brasília e não esperava passar por essa experiência dramática de novo tão cedo!  Sem ter muito o que fazer, sacudi a poeira, dei a volta por cima, aceitei o destino e comecei a degustação com o Pinot Noir.  Como mágica, fui imediatamente tomada por toda sua leveza e, de novo, fiquei feliz por estar ali.  Gewürtz?  Que Gewürtz?

Sabia que tudo poderia melhorar, mas não esperava tanto quando passei ao Barbera.  "Instigante coloração vermelho-violeta, possui aromas de frutas frescas como framboesa e cereja, notas de baunilha e caramelo. De paladar suave, com taninos leves e macios. Agradável e equilibrado em boca." Essas notas da vinícola quase conseguem descrever tudo o que encontrei na taça: frescor, ótima acidez, elegância, conquista ao primeiro gole.  Como é bom tomar vinho tinto no verão!

Ainda havia um Cabernet antes do esperado encontro com o Teroldego.  A gente toma tanto Cabernet por aí que poderia pular essa parte.  Mas eis o mistério da experimentação:  de vez em quando você esbarra em algo inesperado!  Um Cabernet com pouquíssimo carvalho, revelando sua tipicidade e surpreendendo.

Enfim, o Teroldego. Essa casta da região de Trento, no norte da Itália (origem da família Angheben), se deu bem em Encruzilhada do Sul e se tornou o vinho ícone da Angheben. Um vinho diferenciado, aromático, complexo e muito macio. Fruta madura e chocolate amargo.  Divino!

Os vinhos da Angheben são distribuídos pela Vinci Vinhos (onde ainda há garrafas de Gewürtz).  Em Brasília, estão na Bordeaux Casa e Vinho, na QI 13.

Depois da triste primeira notícia, só vieram coisas boas e, para encerrar, a melhor do dia (que o Sr. Pizzato também confirmou depois):  a safra de 2012 se superou exatamente como tem sido divulgado por aí.  2005?  Nem se compara!  2008?  Esqueça!  Aguarde ansioso(a) pelas garrafas de 2012!

2 comentários:

  1. Sabrina não gaste forças procurando o Gewürtz. É o vinho mais fraco da Angheben, inclusive já disse isso ao Idalêncio que concordou. O barbera, o Touriga Nacional(meu preferido) e Teroldego são irreparáveis. O espumante já foi bom, com a mudança de perfil se tornou mais um na multidão.

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  2. Belo post!!! Eduardo, não encontro Angheben aqui no Sul da Bahia. Che cosa facciamo?!?! Rsrs

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