segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

A Maria, do Valduga

É mesmo verdade que o vinho faz a ocasião e é besteira ficar esperando pelo momento certo para abrir um vinho especial.  Vai que esse momento demora a chegar e seu vinho vira vinagre...

Assim, inspirada por Miles que tomou seu Cheval Blanc 1961 com um hamburguer no filme Sideways, sexta-feira passada, ao invés de esperar acontecer, fiz a hora.  Troquei o cinema pela TV e fui ao encontro de Maria Valduga.

Ainda não tinha provado esse lançamento da Casa Valduga e é fácil supor se tratar de uma bebida especial: é o espumante top da vinícola, evoluindo por quatro anos na garrafa, tem um preço diferenciado (leia-se caro, R$ 130,00 na Super Adega) e uma garrafa linda e luxuosa com direito a um cristalzinho no rótulo.  O rótulo da primeiríssima garrafa foi confeccionado com 42 gramas de ouro 18k e um cristal Swarovski, parece mesmo ter sido feito para uma grande celebração, não?

Maria Valduga quase no ponto (viu o cristalzinho?)

O espumante é elaborado pelo método champenoise (segunda fermentação na garrafa), 80% Chardonnay e 20% Pinot Noir, é safrado (2006) e envelhece por 48 meses nas caves frias e escuras da vinícola.  O produtor se refere a um "bouquet elegante e intenso com notas de frutas em calda, remetendo principalmente a pera e maçã. Os aromas de brioche amanteigados e pão delicadamente tostados expressam a complexidade adquirida durante a lenta maturação deste espumante".

A garrafa luxuosa onde ocorre a maturação por 48 meses

Para acompanhar, pedimos comida japonesa que harmonizou muito bem com esse espumante amarelo palha, brilhante, com perlage fininho e muito persistente.  Cremoso, complexo, aromas intensos e penetrantes.  O espumante mostra a que veio já na sua abertura, os aromas se exalam e chamam a atenção, não deixando nada a dever à exuberância da garrafa. Nariz de frutas (talvez damasco, mas não encontrei a tal da pera e da maçã), brioche e pão tostado definitivamente, amêndoas.  Em boca também faz bonito, amanteigado, amendoado, delicioso, fresco na medida e intenso, bem intenso.  Para não esquecer tão cedo.

E assim, em uma sexta-feira qualquer, decidi comemorar o 20º dia do ano e fui feliz para sempre...

Perlage fino e persistente

Nenhum comentário:

Postar um comentário