Assim, inspirada por Miles que tomou seu Cheval Blanc 1961 com um hamburguer no filme Sideways, sexta-feira passada, ao invés de esperar acontecer, fiz a hora. Troquei o cinema pela TV e fui ao encontro de Maria Valduga.
Ainda não tinha provado esse lançamento da Casa Valduga e é fácil supor se tratar de uma bebida especial: é o espumante top da vinícola, evoluindo por quatro anos na garrafa, tem um preço diferenciado (leia-se caro, R$ 130,00 na Super Adega) e uma garrafa linda e luxuosa com direito a um cristalzinho no rótulo. O rótulo da primeiríssima garrafa foi confeccionado com 42 gramas de ouro 18k e um cristal Swarovski, parece mesmo ter sido feito para uma grande celebração, não?
Maria Valduga quase no ponto (viu o cristalzinho?) |
O espumante é elaborado pelo método champenoise (segunda fermentação na garrafa), 80% Chardonnay e 20% Pinot Noir, é safrado (2006) e envelhece por 48 meses nas caves frias e escuras da vinícola. O produtor se refere a um "bouquet elegante e intenso com notas de frutas em calda, remetendo principalmente a pera e maçã. Os aromas de brioche amanteigados e pão delicadamente tostados expressam a complexidade adquirida durante a lenta maturação deste espumante".
A garrafa luxuosa onde ocorre a maturação por 48 meses |
Para acompanhar, pedimos comida japonesa que harmonizou muito bem com esse espumante amarelo palha, brilhante, com perlage fininho e muito persistente. Cremoso, complexo, aromas intensos e penetrantes. O espumante mostra a que veio já na sua abertura, os aromas se exalam e chamam a atenção, não deixando nada a dever à exuberância da garrafa. Nariz de frutas (talvez damasco, mas não encontrei a tal da pera e da maçã), brioche e pão tostado definitivamente, amêndoas. Em boca também faz bonito, amanteigado, amendoado, delicioso, fresco na medida e intenso, bem intenso. Para não esquecer tão cedo.
E assim, em uma sexta-feira qualquer, decidi comemorar o 20º dia do ano e fui feliz para sempre...
Perlage fino e persistente |
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